terça-feira, 18 de setembro de 2007

Refletir

Para Que Serve o Casamento?
Você já se perguntou alguma vez sobre os objetivos do casamento? Sim, porque algum objetivo o Criador deve ter para fazer da união de dois seres uma lei da natureza. Talvez, refletindo superficialmente você responda que o objetivo do casamento é a perpetuação da espécie humana. Mas será só isso? Na verdade, o casamento marca grande progresso na marcha evolutiva da humanidade. E, por quê?
Porque Deus visa não somente a procriação, mas também a evolução moral dos seres. É assim que o casamento se constitui numa excelente oportunidade de crescimento para aqueles que sabem aproveitá-la bem. Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo teto, desde logo terão chances de melhoria individual. E a primeira delas é vencer o egoísmo. Sim, porque o que antes era "meu", agora passa a ser "nosso". Antes de casar, era o "meu" quarto, o "meu" carro, o "meu" aparelho de som, o "meu"... O "meu"... No primeiro dia de convivência mútua, deverá ser o "nosso" quarto, o "nosso" carro, o "nosso" aparelho de som, e assim por diante. Com o passar dos dias os pares vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser. Bem, nosso par tem algumas manias que desaprovamos, e que só notamos graças à convivência diária. Eis uma ótima oportunidade para aprender a dialogar e resolver conflitos como "gente grande". Depois surgem mais alguns membros para nos ajudar a treinar outras virtudes: chegam os filhos. Agora temos que dividir um pouco mais, e isso nos torna menos egoísta. Devemos dividir mais a atenção, treinar a renúncia, aprender a passar noites sem dormir, tropeçar em fraldas sujas, correr para o médico nas horas mais impróprias, perder o filme que gostaríamos de assistir... A novela... O telejornal. A cama, que antes era só minha e passou a ser nossa, agora tem mais alguém nela, disputando espaço. E não é só o espaço físico que o pimpolho reclama, ele quer nosso carinho, nossa atenção, nossa companhia, nossa proteção. E aí temos a grande oportunidade de aprender a superar o ciúme, o medo, a insegurança, o desejo de posse exclusiva sobre o nosso par, para amparar esse serzinho que chegou para ficar. Junto com tudo isso herdou, também, a família do nosso cônjuge, que nem sempre nos parece uma boa aquisição. Eis um grande desafio para aprender a fraternidade pura, a tolerância, o desprendimento, a amizade e outras tantas virtudes que ainda não possuímos. Ademais, para cumprir bem o papel que um dia aceitamos, unindo-nos a alguém de livre e espontânea vontade, é preciso que os dois pilares do templo chamado lar permaneçam firmes até o fim. Quando isso não acontece está declarada a vitória do egoísmo. Está declarada a nossa falência enquanto seres que desejamos superar os limite e alcançar paragens mais felizes. Talvez você não concorde com todos esses arrazoados, no entanto, seria bom refletir sobre o assunto. Há casos de pessoas que optam por não se casar, assumindo, declaradamente seu egoísmo. Com certeza irão responder perante a própria consciência e a consciência cósmica pela decisão tomada. Considerando que nem todos nascem com o compromisso de se casar, obviamente estamos falando daqueles que tinham assumido esse compromisso, antes de renascer. Aquele que se casa e promete conviver bem com seu par e com os filhos que Deus lhes envia, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à própria sorte. Isso será, fatalmente, sementeira de amargura num futuro próximo ao distante, cuja colheita será obrigatória. Por todas essas razões, vale a pena pensar ou repensar os nobres objetivos que a divina sabedoria estabeleceu com a união de dois seres. Vale a pena refletir sobre o que queremos para nós. Refletir sobre as forças internas que devem nos elevar acima dessa miséria moral chamada egoísmo. Ou será que vamos "jogar a toalha", numa demonstração tácita de derrota para esse monstro cruel?

Pense nisso! Pense agora! E decida-se pelo amor.

Texto da Equipe de Redação do site www.momento.com.br.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida uma revolução ou guerra regional de caráter republicano contra o governo imperial do Brasil, a então província de São Pedro do Rio Grande, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Foi de 1835 a 1845 : é o conflito armado mais duradouro que ocorreu no continente americano. A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas . Inspirou-se na recém finda guerra de independência da República Oriental do Uruguai , Guerra da Cisplatina, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Entre Ríos. Chegou a expandir-se a corte brasileira , sul da província de Santa Catarina, em Laguna com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages. Teve como líderes: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, David Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, ambos com participação no movimento de independência no Uruguai. Giuseppe Garibaldi , embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália, como o risorgimento, e condenado, veio em fuga para a América do Sul . A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros com aspiração da liberdade
Os revolucionários sul-riograndenses vinculados ao Partido Liberal foram alcunhados pejorativamente de Farrapos ou Farroupilhas. O termo, oriundo do parlamento, com o tempo foi adotado pelos próprios revolucionários, de forma semelhante à que ocorreu com os sans-cullotes à época da Revolução Francesa. Seus oponentes imperiais eram por eles chamados de caramurus, termo jocoso em geral aplicado aos membros do Partido Conservador no Parlamento Imperial.

CRÔNICA DE ARNALDO JABOR

Recebí de uma amiga, paulista esta crônica e me senti orgulhosa, mas ao mesmo tempo me perguntei: - Estamos nós ainda com aquele espírito do 20 de setembro de 1835 ou estamos entrando no marasmo do resto do povo brasileiro? É uma coisa para se pensar. O Brasil, ou melhor, o povo já não aguenta mais tantos desmandos. Tá na hora de agir.







Jabor e os Gaúchos DE ONDE VIRÁ O GRITO?






Num texto anterior introduzi o conceito de "Ressentimentos Passivos ". Para relembrar, lá vai um trecho: "Você também é mais um (ou uma) dos que preenchem seu tempo com ressentimentos passivos? Conhece gente assim? Pois é. O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam "que horror". Sabem do roubo do político e falam "que vergonha". Vêem a fila deaposentados ao sol e comentam "que absurdo". Assistem a uma quase
pornografia no programa dominical de televisão e dizem "que baixaria". Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram "que medo". E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição "neste país".
Do ressentimento passivo à participação ativa". Pois recentemente estive em Porto Alegre , onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa. Abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa, todo mundo cantando a letra! "Como a aurora precursora / do farol da divindade, / foi o vinte de setembro / o precursor da liberdade" . Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado. Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é "comunidade". Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo. Sabe como é que os "ressentimentos passivos" se transformarão em participação ativa?De onde virá o grito de "basta" contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será. Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem "liga". Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes. Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa "liga". A mesma que eu vi em Porto Alegre. Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo. Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda:
"...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra..."












Arnaldo Jabor

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Carta aberta para Renato Aragão - Embaixador Especial da UNICEF

" ...Se o penhor desta igualdade..."
" ... Brasil de um sonho intenso, um raio vívido..."


Não é de minha autoria, mas sinceramente gostaria de ter sido eu a escrever esta carta. Não sei quem o foi, apesar de a ter assinado, mas parabenizo-a assim mesmo. Também recebi esta correspondência a qual ela ser refere e joguei-a no lixo.
É um abuso em um país onde pagamos por TUDO, onde tem um CPMF, para ajudar na folha do INSS, o qual nunca viu a importância arrecadada. Onde deputados aumentam seus salários sem escrúpulos, enquanto permitem um aumento de míseros R$ 30,00, para o salário mínimo. Onde aprovam o fim do 13º salário, férias remunerada, licença maternidade e não eliminam as " vantagens " dependuradas no seu " pequeno e pobre " salário de : R$ 12.847,20. A este valor, somam-se mais R$ 35,3 mil (verba de gabinete), R$ 15 mil (verba indenizatória), R$ 4.268,55 (conta telefônica e caixa postal), além de recursos para passagens aéreas, a depender do estado de origem, em média, R$ 14 mil. Ao todo, cada parlamentar recebe, então, aproximadamente R$ 80 mil mensais. (desatualizado - fonte internet - IESB).


Leia vale a pena:



Carta aberta para Renato Aragão, o nosso Didi.Quinta, 23 de agosto de 2007.Querido Didi,Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras.Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não tem a educação como prioridade.O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)!O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática.Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República.Ele é "o cara". Ele tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas.No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença.Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande.Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida.Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender osmeus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino.>Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação.Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais.Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedir assinando...Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal educada: vou rasgá-la antes de abrir.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Interessante - Não deixe de ler






Carta a jovens e pais





Quando Patrícia escreveu esta carta encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis. Seu último desejo: que sua carta fosse repassada ao máximo de jovens e pais. Descreve a enfermeira Danelise que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDSPublicada em 9 dezembro, 2003.


Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane, minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais.Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta de Florianópolis. Meu pai é engenheiro eletrônico de uma grande estatal, e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.


Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava.


Estudava no melhor colégio de 'Floripa', o Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente. Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. Fui com uma turma de amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego.


Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho da Rua XV. À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era ' trimaneira '.Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada.


Na quinta feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de chope.Que sensação legal. Curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o chope numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu à noite inteira e os 'otários' não percebiam.Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao posto médico, quase em coma alcoólica, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar.


Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado.No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual.


No sábado conhecemos uma galera de S.Paulo, que alugaram um 'ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5h30 da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite.Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'cigarro de maconha', que me ofereceram. No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.O garoto mais velho da turma, o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia. Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino 'DRUES'.


Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte de meu cotidiano. Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó. No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'points' a noite inteira e depois farra.


O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida.Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro.Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando.


Fui internada diversas vezes em clínicas de recuperação. Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro. Quando eu saía da clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente.Abandonei tudo: escola, bons amigos e família. Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.


Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.


Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo.


Estou internada, com 24kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...Você com certeza vai se arrepender, assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.







PARA REFLETIR




SE O AMANHÃ NÃO VIER


Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir.
Eu aconchegaria você mais apertado.
E rogaria ao senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta.
Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta.
Para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração.
Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua.
Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez.
Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO
Ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez.
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar:"Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão.
E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.
É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: "EU TE AMO".

E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:"Posso te ajudar em alguma coisa?"Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos,
Eu gostaria de dizer O QUANTO EU AMO VOCÊ.

E espero que nunca esqueçamos disso.

O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho.
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da pessoa que você ama.

Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida.
De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo.
Porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queria.

Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE. Bem apertado.
Sussurre no seu ouvido, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer:"Me desculpe" "Por favor" "Me perdoe" "Obrigado" ou ainda: "Não foi nada" "Está tudo bem".

Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue.

terça-feira, 4 de setembro de 2007



PARA REFLETIR






Antes de ser o mais bonito, seja autêntico e trinfará.
Antes de ser o mais inteligente, esforce-se mais e conseguirá.
Antes de ser o mais bem vestido, seja simples e encantará.
Antes de colecionar amores, procure o verdadeiro e encontrará.
Antes de ofender na hora da raiva, seja dedicado e convencerá...
Antes de se acabar por um amor perdido, goste mais de você e
não mais sofrerá.
Antes de mostrar que é um gênio, mostre que sabe fazer
o que os outros têm preguiça e vencerá.
Antes de sentir-se derrotado, pense que muitos desistem antes
mesmo de começar.
E se você chegou onde está, e até agora não conseguiu o que
deseja, não desanime.
Porque Deus fez abismos para que o homem entendesse as
montanhas.
Fez obstáculos para que o homem louvasse os prazeres.
E fez você para que com Ele decobrisse a vida que há pela frente e
encontrasse a felicidade.
Portanto seja:



  • FELIZ,
  • AMIGO,
  • AMÁVEL

e seja antes de tudo,

  • VOCÊ!
E não esqueças:
ATITUDES FAZEM A DIFERENÇA!


A NOSSA VIDA ESTÁ EM NOSSAS MÃOS!


CABE A NÓS ESCOLHERMOS O QUE FAZER COM ELA.